terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Tudo sobre atriz Regina Duarte

 TV Globo/João Miguel Júnior
 
Profissão : Atriz
nascimento : 5 fevereiro 1947
idade : 66 anos
signo astrológico : Aquário
País : Brasil




Regina Blois Duarte é uma atriz brasileira, considerada um dos maiores nomes da teledramaturgia no Brasil. Nasceu em 5 de fevereiro de 1947, em Franca, São Paulo. Filha de um militar, Jesus Duarte, e de uma professora de piano, Dulce Blois, nasceu no interior, mas viveu grande parte da vida em Campinas. Tem cinco irmãos: Maria Lúcia, Cláudio, José, Flávio e Tereza.

A carreira começou quando Regina tinha 14 anos, como atriz amadora do Teatro de Estudante de Campinas. Em 1964, apareceu em vários cartazes de uma campanha de sorvetes e depois fez um anúncio para uma marca de refrigerantes. Estudou com grandes nomes do teatro, como Eugênio Kusnet. Estreou profissionalmente em 1965, na TV Excelsior, na telenovela de Ivani Ribeiro, "A Deusa Vencida", sob a direção de Walter Avancini.

Chegou a cursar um ano de Comunicação na USP, mas decidiu se aceitar o convite de Boni para fazer "Véu de Noiva", na Rede Globo, em 1960, com a direção de Daniel Filho. Conquistou o título de "Namoradinha do Brasil" depois de fazer a telenovela "Minha Doce Namorada", em 1971. Em 1979, fez um marco na televisão brasileira, o seriado "Malu Mulher", em que interpretava uma divorciada e independente mulher que tinha uma filha, vivida por Narjara Turetta.

Fez personagens importantes da televisão, como Simone, de "Selva de Pedra", Luana/Priscilla em "Sétimo Sentido", Raquel de "Vale Tudo" e a Maria do Carmo de "Rainha da Sucata". Deu vida a grande parte das personagens com nome Helena, de Manoel Carlos. Foi a inesquecível Porcina, de "Roque Santeiro", que fazia cenas memoráveis com o ator Lima Duarte.

Regina tem três filhos: André, João Ricardo e Gabriela, que também é atriz. André e Gabriela são filhos do seu casamento com o engenheiro Marcos Franco. João Ricardo é filho do seu segundo marido, Daniel Gómez. Regina é casada com o pecuarista Eduardo Lippincott e tem três netos.

Em novelas, Regina Duarte é a atriz que obteve os maiores índices de audiência no Ibope ao longo da carreira.
Viveu personagens antológicos na TV como a Simone Marques de Selva de Pedra (1972), a Malu do seriado Malu Mulher (1979/1980), a dupla personalidade Luana Camará/Priscila Capricce em Sétimo Sentido (1982), a politicamente correta Raquel Accioli em Vale Tudo (1988), a espalhafatosa Maria do Carmo de Rainha da Sucata (1990), além de ter sido a atriz que mais deu vida às Helenas de Manoel Carlos, nas novelas História de Amor (1995), Por Amor (1997) e Páginas da Vida (2006). Em 2008 viveu a cômica Waldete Maria, uma mulher despachada, divertida, pragmática e sem papas na língua, na novela 3 Irmãs. Mas sem dúvida seu maior sucesso foi a extravagante Viúva Porcina em Roque Santeiro (1985).
Em 2011, Regina retornou à TV em um papel de destaque, a enigmática e fútil ricaça Clô Hayalla no remake, O Astro. De acordo com a própria Regina, Clô é um dos papéis mais marcantes e importantes de sua carreira.

Televisão

 Roque Santeiro. A novela havia sido censurada em 1975, na noite de sua estreia, e, dez anos depois, pôde finalmente ser gravada. Betty Faria não aceitou fazer o papel de Porcina, como há dez anos, e coube a Regina substituí-la. A novela – um grande sucesso, escrita por Dias Gomes e Aguinaldo Silva, dirigida por Paulo Ubiratan, Gonzaga Blota, Marcos Paulo e Jayme Monjardim – marcou a história de nossa TV e a carreira de Regina Duarte, que brilhou na pele da espalhafatosa e fogosa viúva. De “Namoradinha do Brasil” a atriz tornou-se “Amante Nacional” – como se dizia na época. Porcina era o pivô de uma farsa institucionalizada por Sinhozinho Malta (Lima Duarte) para tirar proveito em cima da imagem de Roque Santeiro (José Wilker), a quem julgava morto. Para a amante, Sinhozinho criou a imagem da viúva de Roque, considerado santo pela população local. Mas Roque estava vivo e disposto a desfazer o seu mito, para o desespero de Sinhozinho. A situação se complica quando o “ex-morto” e sua “viúva” – a que era sem nunca ter sido – passam a ter um envolvimento amoroso. No final, ela tem que decidir se fica com Sinhozinho ou se embarca com Roque no avião – numa sequência rodada à la Casablanca, o filme – uma das mais marcantes da novela.




Vale destacar também duas participações marcantes de Regina em novelas dos anos 80. Em Guerra dos Sexos (1983), ela apareceu em alguns capítulos como Alma, uma das mulheres “do Bigode Preto”, enviada de Otávio (Paulo Autran) para irritar e amedrontar Charlô (Fernanda Montenegro), enquanto ele estava desaparecido. Em Top Model (1989-1990), Regina apareceu como Florinda, mãe de um dos filhos de Gaspar (Nuno Leal Maia). No caso, Florinda era mãe de Olívia, vivida na novela por Gabriela Duarte, filha de Regina.
  
Vale Tudo, outro marco de nossa teledramaturgia. Ela era a simplória Raquel, uma mulher batalhadora que é enganada pela própria filha, Maria de Fátima (Glória Pires), que vendeu a casa em que viviam e fugiu com o dinheiro para o Rio de Janeiro. Raquel vai ao encalço da filha, mas só encontra seu desprezo. Disposta a esquecer Fátima, Raquel arregaça as mangas e recomeça do zero, vendendo sanduíches na praia. Seu negócio prospera até tornar-se proprietária de uma cadeia de restaurantes. Enquanto isso, Fátima usa dos métodos mais sórdidos para subir na vida. Casa-se com o ricaço Afonso (Cássio Gabus Mendes), filho da pérfida Odete Roitman (Beatriz Segall). Raquel, por sua vez, amava Ivan (Antônio Fagundes), mas eles acabaram se separando quando Ivan uniu-se à carente filha de Odete, Heleninha (Renata Sorrah), uma alcoólatra. Nesta novela – dirigida por Denis Carvalho e Ricardo Waddington – Regina dividiu os louros com outras grandes atrizes, como Glória Pires, Beatriz Segall e Renata Sorrah.


Em As Minas de Prata (1966-1967) – adaptação de Ivani Ribeiro do romance de José de Alencar, dirigida por Avancini e Carlos Zara – Regina viveu Inesita, a heroína romântica do livro, que amava um fidalgo (Fúlvio Stefanini) mas, por imposição da família, tinha que se casar com outro homem (Armando Bógus). A novela foi um dos maiores sucessos da Excelsior daqueles tempos e Regina já era estrela da casa.


Em 1968, Regina protagonizou O Terceiro Pecado – novamente Ivani, Avancini e Zara. Nesta história, ela era a boa moça Carolina, que precisava morrer, mas foi impedida por um anjo que se compadeceu de sua bondade (Gianfrancesco Guarnieri). Ele pediu ao Anjo da Morte (Nathalia Timberg) que levasse em seu lugar a irmã má (Maria Isabel de Lizandra) de Carolina, mas o pedido foi negado. Todavia, o Anjo da Morte adiou a passagem da heroína: ela morreria quando cometesse o terceiro pecado. Nisto, o anjo, já apaixonado pela moça, desceu à Terra para impedir que Carolina fosse levada tão cedo. O Terceiro Pecado recebeu uma nova versão na Globo, em 1989 (O Sexo dos Anjos), com Isabela Garcia no papel que havia sido de Regina Duarte.
 
Em 1972, Regina Duarte estrelou uma nova trama de Janete Clair, Selva de Pedra, dirigida por Daniel Filho e Wálter Avancini. A atriz viveu Simone Marques, uma artista plástica do interior que se apaixona por um pobre rapaz, Cristiano Vilhena (Francisco Cuoco). Os dois partem para o Rio de Janeiro onde Simone vai tentar a vida como artista, enquanto Cristiano vai trabalhar no estaleiro do tio rico. Em contato com o universo do tio, Cristiano conhece a bela Fernanda (Dina Sfat), mulher sofisticada que se apaixona por ele. É o amigo Miro (Carlos Vereza) quem induz Cristiano a se livrar de Simone para ficar com a rica Fernanda. Envenenada por Miro, que lhe revela as intenções de seu marido, Simone foge, e seu carro cai num barranco e explode. Ela é dada como morta, mas na verdade sobreviveu. Simone assume a identidade de uma irmã falecida, Rosana Reis, e sai do país. No exterior, Simone – agora Rosana – torna-se uma importante artista plástica. Ao retornar para o Brasil, reencontra o marido, mas não revela-se. Ele, enlouquecido, tenta provar para todos que Rosana é Simone, e provar para a própria que ainda a ama e não fora o responsável pelo seu acidente. A cena em que Simone é desmascarada na delegacia ficou famosa: rendeu 100% de audiência no Rio e em São Paulo. Selva de Pedra tornou-se um clássico de nossa teledramaturgia.


Ainda em 1995, Regina Duarte estrelou História de Amor, de Manoel Carlos, em que viveu a primeira das três Helenas do autor que ela interpretou. A novela – com direção geral de Ricardo Waddington – foi um sucesso das seis da tarde, um folhetim leve e charmoso. Helena era uma mulher batalhadora que enfrentava a gravidez prematura da filha rebelde, Joice (Carla Marins). O ex-marido, Assunção (Nuno Leal Maia), pai de Joice, não se conformava com a situação. Solitária, Helena despertou o interesse do médico Carlos (José Mayer) e não resistiu a essa nova paixão. Mas Carlos já era comprometido e sofria com os ciúmes da possessiva noiva Paula (Carolina Ferraz). De casamento marcado com Paula e balançado por Helena, Carlos ainda era assediado pela ex-mulher Sheyla (Lília Cabral), que sonhava com uma reaproximação.
 

O trabalho seguinte de Regina foi interpretar outra das Helenas de Manoel Carlos: em Por Amor (1997-1998), com direção geral de Ricardo Waddington e Roberto Naar. Novamente a atriz voltava a contracenar com sua filha Gabriela, e nos papeis de mãe e filha, como já explicitava a bela abertura da novela. Helena se casou com Atílio (Antônio Fagundes), enquanto a filha Eduarda (Gabriela Duarte) se casou com Marcelo (Fábio Assunção). Mãe e filha engravidaram na mesma época e acabaram dando a luz no mesmo dia e horário, no mesmo hospital, aos cuidados do jovem médico César (Marcelo Serrado), eterno apaixonado por Eduarda. O filho de Helena nasceu saudável, mas Eduarda sofreu complicações no parto e seu filho morreu logo depois. Para complicar a situação da moça, ela nunca mais poderia ter filhos. Helena imaginou que seria um golpe duro demais para a filha e, desesperada, fez um pacto com o médico: trocou as crianças. Eduarda criou então o irmãozinho pensando ser ele seu próprio filho. A única pessoa que sabia desse segredo era César, que concordou com a troca pelo mesmo objetivo que a mãe: não fazer Eduarda sofrer. Mas o sofrimento maior era de Helena, que foi obrigada a tratar o filho como neto enquanto via seu relacionamento com Atílio desmoronar, apesar do grande amor que sentiam um pelo outro. Um folhetim dramático mas irresistível, Por Amor foi um dos maiores sucessos de Manoel Carlos – a troca de bebês da história mobilizou o país. A novela contou com a atuação de um excelente elenco, que tinha ainda Susana Vieira, Vivianne Pasmanter, Cássia Kiss, Carolina Ferraz e Paulo José em papeis marcantes.
 


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