Relembre um pouco da trajetória da atriz Regina Dourado
A atriz Regina Dourado, que morreu neste sábado (27), aos 59 anos, em Salvador, vítima do câncer, tinha uma das gargalhadas mais gostosas da televisão.
Sua beleza brasileira e seu olhar cheio de uma simpatia reconhecida em qualquer canto do País cativavam o telespectador a cada aparição. Regina era uma metáfora do brasileiro, povo lutador que, mesmo diante de adversidades, mantém a alegria estampada no rosto. Foi assim também em sua luta contra o câncer.
Os mais recentes trabalhos da atriz na TV foram as novelas Caminhos do Coração (2007), de Tiago Santiago, e Bicho do Mato (2006), de Bosco Brasil e Cristianne Fridman, ambas na Record.
O maior sucesso de sua carreira foi a personagem Lucineide, na novela Explode Coração (1995), de Gloria Perez, na Globo, quando contracenou com Rogério Cardoso e lançou o bordão: “Stop, Salgadinho!”.
Começo na TV com Jorge Amado
Alegria poderia ser o sobrenome desta baiana nascida em 22 de agosto de 1953 em Irecê. Ela começou no teatro aos 15 anos, na Companhia Baiana de Comédia, em Salvador.
Em uma das férias no Rio, conseguiu o convite para estrear na TV, onde fez mais de 20 trabalhos. Tinha apenas 25 anos quando surgiu no especial A Morte e a Morte de Quincas Berro D’Água (1978), adaptação da obra de Jorge Amado dirigida pelo mestre Walter Avancini na Globo. Logo, emendou sua primeira novela, Pai Herói(1979), de Janete Clair, na mesma emissora. Sua última novela na Globo foi América (2005), de Gloria Perez, na qual viveu a personagem Graça a convite da própria autora. Na época, Regina se recuperava do primeiro tratamento quimioterápico.
Um grande momento em sua carreira foi a personagem Morena, na novela Renascer (1993), de Benedito Ruy Barbosa – foi aí que ganhou o respeito da crítica e cativou de vez o público brasileiro.
A atriz também se destacou quatro anos depois, como Alzira, na novela Anjo Mau (1997), de Maria Adelaide Amaral.
Reconhecimento no Festival de Recife
Regina também fez seis trabalhos no cinema, como Baiano Fantasma (1984), de Denoy de Oliveira, Corisco & Dadá (1996), de Rosemberg Cariry, e Espelho D’Água – Uma Viagem no Rio São Francisco (2004), de Marcus Vinicius Cesar, que lhe deu o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante do Festival de Recife.
A atriz morava em Salvador, onde participava ativamente da vida artística e chegou a integrar o Conselho Estadual de Cultura da Bahia por muitos anos. Era fã confessa da atriz Laura Cardoso. Dizia que queria ser igual a ela quando crescesse.
Sua última atuação foi nos palcos, onde tudo começou. Participou do espetáculo A Paixão de Cristo, na Semana Santa deste ano, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, em Salvador. Interpretou Maria, mãe de Jesus.
Veja fotos da carreira da atriz Regina Dourado
Que Deus esteja confortando toda a família!