SBT passa Record e volta a ser vice isolado de audiência de madrugada
Quatro anos após ser ultrapassado pela
Record, que lhe tomou a vice-liderança de ibope, o SBT reage e mostra
que ainda não está morto. Pelo menos nas madrugadas, em março, a
emissora de Silvio Santos voltou a ultrapassar a de Edir Macedo e
conquistou a vice-liderança isolada no ibope. Deu 3,1 para o SBT contra
2,6 na concorrente. Uma vitória decimal, porém importante e simbólica
para a hoje emissora terceira colocada no país.
Nas 24 horas do dia, apenas 0,9 ponto
separa a Record (5,4) do SBT (4,5), a despeito do investimento
bilionário da TV da Barra Funda nos últimos oito anos.
Na comparação com fevereiro, o SBT cresceu
15% de madrugada, contra uma queda de 5% da Record e 12% da Globo
(ainda líder com 12,1 pontos de média nas 24 horas).
O SBT também cresceu na faixa matinal (7%) e noturna (4%)
O SBT também cresceu na faixa matinal (7%) e noturna (4%)
Vários programas colaboraram para essa
subidinha do ibope. Na comparação com fevereiro, as atrações que mais
cresceram foram o automobilístico “Vrum!” (+54%), “A Grande Ideia”
(+48%), a novela “Corações Feridos” (+33%), o “Jornal do SBT Noite”
(+23%) e o programa “Eliana” (+20%).
Cabe lembrar que na comparação de março
2011 com março de 2012 o número de TVs ligadas caiu 9% nas 24 horas do
dia, na Grande SP.
As informações são de Ricardo Feltrin.
“Máscaras” retrata ‘novo’ Brasil e alerta contra invasão estrangeira
Estreia desta terça, 10, na Record, Máscaras será,
em seu decorrer, mais do que uma novela que começa com um sequestro e
deslancha com uma troca de identidade entre herói e vilão.
A novela de Lauro César Muniz e Renato
Modesto terá uma forte conotação política e reproduzirá um aspecto do
momento pelo qual passa a economia brasileira.
Uma organização de direita sediada em
Dallas, nos Estados Unidos, está por trás do sequestro de Maria (Miriam
Freeland) e seu bebê, que desencadeia a trama.
A organização é fictícia, mas, segundo
Muniz, a novela citará o Tea Party, movimento conservador surgido nos
EUA em 2009. Seus símbolos serão os mesmos da Ku Klux Klan, outra
organização americana de ultradireita.
Perigo laranja
“É uma organização que tem ligações no
Brasil. Eles têm um plano de explorar biodiesel no Brasil, usando
laranjas”, diz Muniz. “A intenção é ter a tecnologia do biodiesel em
mãos”.
A organização entrará no País pelo Paraguai e tentará comprar uma enorme quantidade de terras em Mato Grosso do Sul.
“A fazenda de Otávio Benaro [Fernando
Pavão, o herói da história] está no centro de gravidade dos interesses
dessa organização, porque tem muita água e terra boa”, conta o autor.
Os sequestradores de Maria, portanto, têm
ligação com essa organização. O objetivo é comprar a fazenda e se
“apossar” da família Benaro.
Com essa trama de conexões internacionais,
Muniz quer alertar contra o perigo de grandes áreas do Brasil serem
ocupadas por estrangeiros.
“O novo Código Florestal deixa flancos
abertos. Há muita gente estrangeira na Amazônia. Precisamos tomar
cuidado com o novo Código Florestal, com a soberania nacional, com os
laranjas”, diz Muniz.
Brazucas de volta
A organização de direita norte-americana
se conecta com a economia brasileira não apenas pelo interesse em
biodiesel. Serão ligados a dois brazucas que retornam ao Brasil, fugindo
da crise americana: Nameless (Paloma Duarte) e o vilão Martim Salles
(Heitor Martinez).
A prostituta Manu (Giselle Itié) também é
ex-brazuca. “Ela estava perdendo dinheiro em Dallas. Os clientes estavam
pechinchando por falta de dinheiro”, conta Muniz.
“O País mudou. O Brasil era um País
dependente, colonizado. Todos os nossos padrões de gosto eram
americanos. Agora os brazucas estão voltando. A situação econômica é
sólida, houve ganho de confiança no País”, lembra o autor.
Esse novo Brasil estará retratado em Máscaras.
As informações são do blog de Daniel Castro.
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