Durante
toda a sua existência, o SBT se especializou em duas coisas: exibir
novelas mexicanas e produzir novelas brasileiras usado textos da
Televisa. Esse panorama só foi mudar quando o Sílvio Santos deu a chance
para sua esposa, Íris Abravanel, escrever novelas. Após a mediana
“Revelação”, o SBT decidiu produzir uma nova versão de uma velha novela
da grande Janete Clair, e assim saiu “Vende-se um Véu de Noiva”. Mas nem
todo o poder de Janete foi o bastante para salvar a novela.
“Vende-se
um Véu de Noiva” foi anunciada como uma superprodução, com belas cenas
praianas gravadas nos paradisíacos cenários do Guarujá. E por que justo
essa praia? Bem, acredito que deva ser coincidência que é no Guarujá que
tem o hotel Sofitel Jequitimar, empreendimento do… Sílvio Santos.
A
estreia da novela deu cinco pontos de audiência, e com o tempo os
índices foram caindo aos poucos. Teve capítulo que beirou os 3,5 pontos,
deixando o SBT em quarto lugar no horário. Para se ter uma ideia, essa
audiência é cerca de metade da registrada por “Máscaras” (tema desta
seção na semana passada, a propósito).
Embora
os índices fossem baixos, a culpa não era toda do SBT, e sim do seu
público. Parece que novelas dramáticas não funcionam no canal, que emana
aquela “breguice” característica das tramas mexicanas. E, sendo bem
sinceros, Íris Abravanel estava ainda se aperfeiçoando na autoria de
novelas, e é fato que a autora só conseguiu achar seu dom quando se
aventurou nas novelas infantis. “Carrossel” que o diga. O SBT ainda
tentaria um outro remake de novela antiga, “Uma Rosa com Amor”, que até
foi melhor na audiência que “Vende-se Um Véu de Noiva”.
Uma
curiosidade legal é que o próprio Sílvio fez uma pontinha na novela de
sua mulher, quando uma das personagens da novela vai participar do “Roda
a Roda”. Infelizmente, nem assim para a trama ir pra frente.
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