domingo, 25 de novembro de 2012

OS DEZ MAIORES VILÕES DAS NOVELAS




 

A SOFISTICADA
PAOLA BRACHO | A USURPADORA (Televisa - SBT)
Gabriela Spanic

10º LUGAR. Dona do sorriso mais gostoso da História, Paola Bracho era tão odiada, mas tão odiada, que nem a sua irmã Paulina, no posto de Usurpadora, fazendo o bem a todo mundo da família Bracho, era perdoada.
Paola embebedava a Vovó Piedade, roubou o marido da cunhada (que vivia na mesma casa que o próprio Carlos Daniel), posava nua para um pintor e ao mesmo tempo punha aquele chifrinho básico no seu marido. E o pior é que essa Paola achava essa vida "monótona"!
Era impossível não se apaixonar pelo charme de Paola Bracho, que foi interpretada com maestria por Gabriela Spanic, e com a dublagem insubstituível de Sheila Dorfman. Há vilões muito mais maus do que ela, mas nenhum deles tem a mesma cara de pau e o mesmo sorriso delicioso de Paola.


A ESPOSA FIEL
ÁDMA GUERREIRO | PORTO DOS MILAGRES (Globo)
Cássia Kiss

9º LUGAR. Quem não se lembra de Ádma, a inseparável companheira do prefeito Félix Guerreiro? A primeira-dama lutava com unhas e dentes para defender o marido de seus opositores políticos. Ficou famosa por desfilar por aí com um anel de ouro recheado de veneno, com o qual fez várias vítimas, sendo inclusive atormentada por algumas.
Ótimo trabalho de Cássia Kiss, numa novela bem mais ou menos de Aguinaldo Silva.


A CASTA
VIOLANTE | XICA DA SILVA (Manchete)
Drica Moraes

8º LUGAR. Se há um trabalho que revelou o poder de Drica Moraes como atriz, foi a Violante, de Xica da Silva. A personagem vivia entre o ódio, o ressentimento, e o amor, e caregava esses sentimentos sempre juntos, no olhar mais expressivo já existente numa novela. Brilhava, carregava sempre lágrimas que dificilmente desciam.
Tanto fez que conseguiu casar-se com o Contratador João Fernandes, mas continuou seca até o final de seus dias.
"Viola" era de uma carga emocional tremenda, e em todos os momentos tínhamos que nos curvar ao show de interpretação de Drica, aliado ao texto proibido de Walcyr Carrasco.


O ESCRAVOCRATA
LEÔNCIO| A ESCRAVA ISAURA (Record)
Leopoldo Pacheco

7º LUGAR. Capeta em forma de guri, Leôncio cresceu abusando de escravas, maltratando as pessoas, achando-se mais do que tudo e todos. Apaixonou-se por Isaura, e isso foi suficiente para desencadear toda a trama da novela.
A presença de Leôncio nesta lista é, no mínimo, surpreendente até para mim. Mas eu não nego, nem nunca neguei, que A Escrava Isaura teve um texto leve, de diálogos muito bons, embora tenha tido seus exageros e barrigas totalmente desnecessárias. A morte de Leôncio com um fajuto "Quem matou?" foi o fim da picada.
Mas, esse personagem entrou para a história pela atuação fenomenal de Leopoldo Pacheco, o que lhe rendeu um contrato com a Globo (onde, infelizmente, só fez papéis medíocres). O texto foi assinado por Tiago Santiago e Anamaria Nunes. Tenho leve suspeita de que os pontos bons devemos mais a ela do que a ele.


GARRA E CUTÍCULA
BÁRBARA e TONY | DA COR DO PECADO (Globo)
Giovanna Antonelli e Guilherme Weber

6º LUGAR. Sim, uma dupla! Fica difícil separar Bárbara e Tony, a liga bandida de Da Cor do Pecado. Tony era um chantagista, traiçoeiro, assassino, ladrão, e tudo o mais que pode integrar o currículo de um bom vilão. Ao mesmo tempo era hilário nas suas investidas em Coração, e ela não lhe dava a mínima. Aos poucos, descobrimos que aquele sentimento de Tony era amor de verdade, mas Barbara só tinha olhos para Paco, ou Apolo, ou qualquer outro, desde que fosse interpretado por Reynaldo Gianecchini.
Barbara era uma mãe relapsa, pessoa desequilibrada, racista, falsa até a raiz do cabelo, mas o que é melhor: muito engraçada. E era muito bem amparada nesses quesitos por seus pais, Edu e Verinha, núcleo cômico interpretado por Ney Latorraca e Maitê Proença. Não tinha como Barbara sair boa coisa tendo esses dois mestres como pais.
A dupla Barbara e Tony foi apenas uma, mas certamente a melhor das qualidades dessa grande novela que foi Da cor do pecado, do excelente João Emanuel Carneiro, e que se tornou a mais vendida da história - mais de 100 países aprovaram a trama, que desbancou a líder Terra Nostra.

A CACHORRA
LAURA PRUDENTE DA COSTA | CELEBRIDADE (Globo)
Claudia Abreu

5º LUGAR. Laura Prudente da Costa é uma dessas vilãs que você já sabe que marcaram época, pelo simples fato de sabermos o nome dela completo. Laura era mente aberta, não tinha frescuras, porque seu único objetivo em vida era destruir a de Maria Clara. E por certo tempo, até conseguiu.
O trabalho marcou tanto a carreira de Claudia Abreu que, em sua personagem seguinte - a Vitória de Belíssima -, todo o Brasil esperou pela volta de Laura Cachorra. O autor, Silvio de Abreu, até fez um jogo com isso, mas no final não deu outra: Vitória era do bem, portanto não tinha nada a ver com a Laura.
O louvor foi tamanho que Gilberto Braga, autor de Celebridade, não escondia de ninguém que queria Claudia trabalhando com ele nos papéis principais de Paraíso Tropical (o que teria feito toda a diferença). Não que Alessandra Negrini tenha se saído mal; pelo contrário, superou expectativas. Mas Gilberto não só não ficou satisfeito, como foi indelicado o suficiente para dizer em público que preferia ter ido ver o filme do Pelé a Claudia Abreu naqueles papéis, e pronto. Mas não dava mesmo, já que ela não pôde aceitar por conta da gravidez.

A AVE-FÊNIX
BIA FALCÃO | BELÍSSIMA (Globo)
Fernanda Montenegro

4º LUGAR. Dar um papel como Bia Falcão para uma atriz como Fernanda Montenegro não tinha como não dar certo.
Era para ser uma participação razoavelmente pequena, resultando na morte de Bia num acidente de carro. Sua ausência temporária não afetou a audiência da trama, mas Silvio de Abreu não foi indiferente ao clamor do público, e fez Bia ressurgir das cinzas, para infernizar a vida da pobre Zúlia. No final, Bia se deu bem em Paris com o amante jovem, num destino atípico em relação aos que são dados às vilãs tradicionais. Desta lista, aliás, foi a única que se deu bem...


A LADRONA
NAZARÉ TEDESCO | SENHORA DO DESTINO (Globo)
Renata Sorrah

3º LUGAR. Se a Naza não aparecesse aqui, eu poderia dar adeus a este blog, ou até mesmo a esta vida, porque não iriam me perdoar. Mas calma, Dedé: ela não só está nos Dez listados, como em posição privilegiada. No pódio.
A ladrona de criança, e posteriormente assassina, mentia descaradamente e levava muita gente boa no bolso. Tanto se dizia sexy, que eu acabei acreditando; e até hoje eu acho Nazaré um chuchuzinho!
Mas justiça seja feita: o amor que Nazaré sentia por Isabel/Lindalva, a menina que tirou dos braços de Maria do Carmo, era descomunal.
Tanto Aguinaldo Silva merece palmas por essa novela estupenda, do início ao fim, que foi Senhora do Destino, quanto Renata Sorrah merece ser ovacionada todos os dias por essa personagem, cuja tesourinha virou mania em todo o país.

A DESAPEGADA
FLORA PEREIRA DA SILVA | A FAVORITA (Globo)
Patricia Pillar

2º LUGAR. Chegamos num momento em que a maldade conta mais do que qualquer coisa. Nenhum ser humano brasileiro, pelo menos nas novelas, conseguiu ser tão mau quanto Flora Pereira da Silva, que nos primeiros capítulos ainda teve o desplante de nos deixar na dúvida quanto ao fato de ela ser mesmo a bandida de A Favorita. Mas essa dúvida não durou muito.
A única coisa que ela amava, além do dinheiro, era Zé Bob. Mas até ele Flora tentou matar.
Ela não tinha apego a ninguém. Sequestrou a si mesma, e a própria filha, só porque a garota lhe disse um desaforo! Assassina de sangue frio, além de bem engraçada em suas colocações, Flora passa na frente de todos os fascínoras brasileiros.


O PRÓPRIO CÃO
SORAYA MONTENEGRO | MARIA DO BAIRRO (Televisa - SBT)
Itati Cantoral

1º LUGAR. Sim, porque o primeiro lugar, vai para uma mexicana!
Não há, nunca existiu nem nunca existirá (assim espero), pessoa mais cruel, odiosa e miseravelmente má do que Soraya Montenegro. Ela já é odiada por muitos só pelo simples fato de ser de uma novela mexicana, portanto não podia mesmo deixar de estar no primeiro lugar.
Soraya era uma pessoa evitada pelo próprio diabo: ela caiu de um prédio de não sei quantos andares, atravessando uma janela de vidro fechada, e, pasme: não morreu.
Suas maldades não eram privilégio da Catadora (assim ela chamava Maria do Bairro), mas também envolviam a sua própria mãe (que era, literalmente, uma bruxa), sua enteada deficiente, e toda a humanidade. Além de tudo, era pedófila: apaixonou-se, e embebedou, o filho da sua arqui-rival.
Depois de atormentar toda a raça humana, sua relação com este planeta ficou insustentável: ou seja, a novela estava acabando, e Soraya tinha que morrer. Não pense que aquela música é uma mera coincidência: todos queriam vê-la queimando - e foi isso o que aconteceu. A praga morreu queimada viva, crepitando lenta e dolorosamente, numa casa em que ela mesma ateou fogo. E, como não poderia deixar de ser, morreu praguejando contra tudo e contra todos.


 

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